Reunindo os três romances mais aclamados de Graciliano Ramos - S. Bernardo, Angústia e Vidas secas – este box exclusivo inclui um texto inédito do professor e crítico Ivan Marques além de novo projeto gráfico e livros com pintura trilateral.
S. Bernardo (224 páginas)
No declínio de um atribulado percurso de vida, Paulo Honório, poderoso fazendeiro do sertão alagoano, conta a sua história. Nos perímetros da fazenda S. Bernardo, o narrador revisita dramas da sua vida e conflitos internos que permanecem inexplicáveis até o momento em que suas memórias são escritas. Nem a fazenda, que comprou por preço irrisório, nem a professora Madalena, a quem contratou para alfabetizar as crianças do seu empreendimento rural e com quem acaba se casando, deram-lhe o sossego que tanto buscava. Após ter alcançado o sucesso da conquista material, Paulo Honório enfrenta o vazio existencial, que o leva a uma profunda reflexão sobre sua própria vida e seus valores, através da escrita. Ao mesmo tempo, revela-se um narrador nada confiável.
S. Bernardo, romance publicado pela primeira vez em 1934, projetou Graciliano Ramos como um dos maiores autores da literatura brasileira. Permeado por ambição, poder, mas também solidão e redenção, a obra apresenta as circunstâncias do regime fundiário e os conflitos sociais do Nordeste brasileiro.
Angústia (320 páginas)
Angústia tem como protagonista Luís da Silva, um funcionário público de Maceió que leva uma vida medíocre e sem grandes emoções até o dia em que se apaixona por Marina. De início, a jovem demonstra certo interesse no relacionamento e no conforto material que o casamento poderia lhe proporcionar, mas logo acaba trocando o noivo por Julião Tavares, mais rico e poderoso. Tomado por ciúmes e rancor, Silva fica perturbado com os acontecimentos que se desenrolam e passa a acompanhar a vida de Marina enquanto sonha em matar Julião. Escrito em primeira pessoa, o romance tem estrutura temporal não linear, seguindo o fluxo de consciência do narrador-personagem e aproximando o leitor dos sentimentos turbulentos de Luís da Silva.
Lançado originalmente em 1936, enquanto Graciliano Ramos ainda estava na prisão, Angústia traz os conflitos internos do protagonista, sua obsessão e a luta contra a própria angústia existencial.
Vidas secas (144 páginas)
Lançado originalmente em 1938, Vidas secas acompanha a trajetória da família de Fabiano, sinha Vitória, os dois filhos do casal e a cachorra Baleia na fuga do sertão em busca de oportunidades. Impulsionada pela seca, a família de retirantes parte em busca de um futuro, enquanto vive uma luta diária por sobrevivência. Vidas secas, um dos maiores clássicos da literatura brasileira e livro mais célebre do autor, é construído em uma linguagem seca e direta, que reflete a aridez do sertão e a simplicidade das personagens profundamente atravessadas pela exploração e pela pobreza extrema.
Graciliano Ramos nasceu em 27 de outubro de 1892, na cidade de Quebrangulo, Alagoas. Entre 1914 e 1915, então no Rio de Janeiro, trabalhou como revisor nos jornais Correio da Manhã, A Tarde e O Século. Casou-se em 21 de outubro de 1915 com Maria Augusta de Barros, com quem teve quatro filhos. Em 1926, já viúvo, casou-se novamente, com Heloisa Medeiros, companheira até o fim da vida e mãe de seus outros quatro filhos; e foi eleito prefeito de Palmeira dos Índios — cargo a que renunciou, em 1930, dois anos após a posse. Poucos meses depois, foi nomeado diretor da Imprensa Oficial de Alagoas, mas pediu demissão em dezembro de 1931. Em 1933, publicou seu romance de estreia, Caetés. No mesmo ano, foi nomeado diretor da Instrução Pública de Alagoas e contratado como redator do Jornal de Alagoas. Em 1934, publicou seu segundo romance, S. Bernardo. Em março de 1936, foi preso, em Maceió, sem acusação formal, sob a alegação de que seria comunista. Passou por várias prisões em Maceió e Recife. Seguiu no porão de um navio para o Rio de Janeiro, onde ficou quase um ano na cadeia. Em agosto, ainda na prisão, publicou o romance Angústia. Ao sair do cárcere, morou no Rio de Janeiro com a família. Iniciou a publicação de alguns contos no jornal argentino La Prensa, entre eles “Baleia”, que faria parte da edição de Vidas secas, lançado em 1938. Ao completar 50 anos, recebeu o Prêmio Felipe de Oliveira pelo conjunto da obra. Em 1945, filiou-se ao Partido Comunista a convite de Luís Carlos Prestes. Em 30 de março de 1953, aos 61 anos, o Mestre Graça ? como era carinhosamente chamado ? faleceu na cidade do Rio de Janeiro.
Graciliano Ramos foi um renomado escritor brasileiro nascido em 1892, em Quebrangulo, Alagoas. Ele iniciou sua carreira como funcionário público, mas logo se dedicou integralmente à literatura. Suas obras, como "Vidas Secas", "Angústia" e "São Bernardo", são marcadas por um estilo conciso e realista, explorando temas como a pobreza, a injustiça social e as condições do Nordeste brasileiro. Preso durante o Estado Novo, seu livro "Memórias do Cárcere" reflete essa experiência. Graciliano faleceu em 1953, deixando um legado duradouro na literatura brasileira. |
ISBN | 9786555878516 |
Autor(a) | Ramos, Graciliano (Autor) |
Editora | Record |
Idioma | Português |
Grade curricular | Ensino Fundamental I |
Edição | 1 |
Ano de edição | 2023 |
Páginas | 752 |
Acabamento | Brochura |
Dimensões | 20,50 X 13,50 |
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