" A obra de referência Brasil - Estados Unidos: a rivalidade emergente (1950-1988) ganha edição revista e ampliada pelo professor Luiz Alberto Moniz Bandeira. O estudo revela que a “tradicional amizade” entre os dois países sempre constituiu um estereótipo ideológico manipulado com o objetivo de influenciar a política exterior do Brasil. Baseado em ampla documentação, Moniz Bandeira mostra como o relacionamento entre as duas potências das Américas nem sempre foi suave e tranquilo. No século XIX, o Brasil suspendeu três vezes (1827, 1847 e 1869) as relações diplomáticas com os Estados Unidos, e não aceitou, passivamente, sua hegemonia, ainda que, até a primeira metade do século XX, dependesse das exportações para o gigante norte-americano. As necessidades da industrialização, impulsionada pelo presidente Getúlio Vargas (1930-1945 e 1951-1954), agravaram as contradições com os Estados Unidos, o que concorreu decisivamente para o golpe militar de 1964. O “breve e aberrante interlúdio”, conforme o embaixador americano John Crimmins qualificou o governo do marechal Humberto Castelo Branco, por seu “alinhamento automático” com os Estados Unidos, e os interesses econômicos do Brasil determinaram o reaparecimento das contradições. Os atritos chegaram ao seu ápice com a assinatura do Acordo Nuclear Brasil-Alemanha (1976) e a ruptura do Acordo Militar com os Estados Unidos, pelo governo do general Ernesto Geisel, em 1977. Brasil - Estados Unidos: a rivalidade emergente (1950-1988) não constitui uma obra isolada. Ela é parte de um conjunto, que começa com Presença dos Estados Unidos no Brasil (Dois séculos de histórias) e no qual se integram As relações perigosas: Brasil - Estados Unidos (De Collor a Lula); Brasil, Argentina e Estados Unidos -Conflito e integração na América do Sul (Da Tríplice Aliança ao Mercosul); e Formação do Império Americano (Da guerra contra a Espanha à guerra no Iraque), entre outras." Luiz Alberto de Vianna Moniz Bandeira, formado em Direito, foi doutor em Ciência Política pela Universidade de São Paulo e professor titular de história da política exterior do Brasil na Universidade de Brasília (UnB) (aposentado). É Doutor Honoris Causa pelas Faculdades Integradas do Brasil (UniBrasil), do Paraná, bem como pela Universidade Federal da Bahia. Em 2006, a União Brasileira de Escritores (UBE) elegeu-o, por aclamação, Intelectual do Ano de 2005, conferindo-lhe o Troféu Juca Pato, por sua obra Formação do Império Americano (Da guerra contra a Espanha à guerra no Iraque). Perseguido durante a ditadura militar, teve de exilar-se no Uruguai (1964-1965). Depois que regressou, clandestinamente, ao Brasil, ficou preso por cerca de dois anos (1969-1970 e 1973) pelo Centro de Informações da Marinha (Cenimar). Autor de mais de 20 obras, algumas das quais publicadas na Rússia, Alemanha, Argentina, no Chile, em Portugal e Cuba, Luiz Alberto Moniz Bandeira foi professor visitante nas Universidades de Heidelberg, Colônia, Estocolmo, Buenos Aires, Nacional de Córdoba (Argentina) e Técnica de Lisboa. É Grande Oficial da Ordem de Rio Branco (Brasil); comendador da Ordem do Mérito Cultural (Brasil); comendador da Ordem de Mayo (Argentina) e condecorado com a Cruz da República Federal da Alemanha, 1ª Classe (Das Verdienstkreuz - 1 Klasse - Das Verdienstorden der Budesrepublik Deutschland). Residiu por muitos anos na Alemanha, onde faleceu no ano de 2017.
| ISBN | 9788520010259 |
| Autor(a) | Bandeira, Moniz (Autor) |
| Editora | Civilização Brasileira |
| Idioma | Português |
| Edição | 4 |
| Ano de edição | 2011 |
| Páginas | 280 |
| Acabamento | Brochura |
| Dimensões | 23,00 X 16,00 |