Um dos mais respeitados pesquisadores em culturas afro-americanas faz um balanço magnífico de como os negros dos Estados Unidos usaram a escrita para resistir às mentiras do racismo. Henry Louis Gates Jr. retrata de maneira comovente aqueles que nunca deixaram ninguém lhes dizer como exercer sua negritude.
A caixa-preta é uma figura recorrente na literatura afro-americana. É uma metáfora para o aprisionamento do racismo, que inviabiliza o alcance da liberdade mas não consegue frear essa busca incessante; matéria que permeia a experiência em toda diáspora africana e sua frutífera tradição literária. Neste estudo, Henry Louis Gates Jr. se detém à história dos Estados Unidos, mas suas reflexões ecoam no solo brasileiro.
Pelo menos desde o século XVIII, aponta o professor, há tentativas consistentes de expressar e moldar a realidade negra. Em 1773, Phillis Wheatley torna-se a primeira poeta afro-americana a ser publicada e, em 1845, o abolicionista Frederick Douglass lança sua impactante autobiografia. A corrente literária segue ao longo dos séculos com W.E.B. Du Bois, Booker T. Washington, Zora Neale Hurston, Richard Wright, James Baldwin e Toni Morrison, primeira mulher negra a ganhar um prêmio Nobel de Literatura, em 1993. Todos eles usaram a escrita para criar um mundo habitável –— um lar — para si e para os seus.
A raça, conceito usado para desumanizar africanos e justificar a escravidão, é incorporada à literatura como o sedimento de uma comunidade cujas resistência e transcendência estão no cerne de sua autodefinição. Desse terreno contestado floresceu uma cultura resiliente, criativa e diversificada, formada por pessoas que muitas vezes discordaram sobre o que significa ser negro.
Caixa-preta: Escrevendo a raça retrata não só um movimento literário, mas a criação de uma comunidade.
“O fascínio deste livro está na sua insistência de que um levantamento da história afro-americana é incompleto sem uma consideração especial de como a escrita a sustentou.” — The New York Times
“Um estudo da arte e das contradições que definem a formação de um povo.” — Elle
“Uma crônica multifacetada e esclarecedora. Um apelo para proteger a livre troca de ideias na sala de aula e fora dela.” — Booklist
HENRY LOUIS GATES JR. nasceu em Keyser, Virgínia Ocidental, em 1950. Um dos mais respeitados especialistas contemporâneos em culturas africanas e afro-americanas, formou-se em história pela Universidade Yale e doutorou-se em literatura inglesa pela Universidade de Cambridge. Desde 1991, trabalha na Universidade Harvard, onde ocupa a cátedra Alphonse Fletcher e dirige o Hutchins Center for African and African American Research. Pela Companhia das Letras, publicou Os negros na América Latina e Caixa-preta: Escrevendo a raça. |
Nascido em São Paulo em 1988 e criado por alagoanas, escreve, traduz, edita emandinga. Pesquisa narrativas e poéticas macumbeiras, literaturas insurgentes eperformances tradutórias. É autor dos livros poemas crus (Patuá, 2016), genealogia (Móri zines, 2019) e panaceia (Urutau, 2020 – menção honrosa do 2º prêmio mix literário). |
ISBN | 9788535937879 |
Autores | Gates Jr., Henry Louis (Autor) ; Floresta (Tradutor) ; Metidieri, Mariana (Design) |
Editora | Companhia Das Letras |
Idioma | Português |
Edição | 1 |
Ano de edição | 2024 |
Páginas | 248 |
Acabamento | Brochura |
Dimensões | 21,00 X 14,00 |
Myre Livraria, sua livraria online especializada em importação e revenda de livros nacionais e internacionais. Oferecemos uma vasta seleção de materiais didáticos de alta qualidade para aprender inglês, espanhol, francês, alemão e muito mais. Aproveite preços competitivos e entrega rápida em todo o Brasil
Utilizamos cookies para que você tenha a melhor experiência em nosso site. Para saber mais acesse nossa página de Política de Privacidade