Reflexões sobre o cotidiano autoritário brasileiro.
Diante dos riscos do fascismo com que nos deparamos todos os dias, nosso desafio é confrontar o fascista com aquilo que para ele é insuportável: o outro. O instrumento? O diálogo, na melhor tradição filosófica atribuída a Sócrates. Com sua rara capacidade de explicar temas filosóficos para o leitor comum, Marcia Tiburi alcançou o sucesso de público e de crítica como uma filósofa pop. E, em tempos de nervos à flor da pele e agressivos embates políticos, ela nos traz, em Como conversar com um fascista, um propósito filosófico-político: pensar com os leitores sobre questões da cultura política experimentada diariamente, de um modo aberto, sem cair no jargão acadêmico.
A autora resgata a política como experiência de linguagem, sempre presente na vida em comum. O argumento principal é como pensar em um método, ou uma postura, para contrapor o discurso de ódio, seus reflexos na sociedade e repercussão nas redes sociais. A filósofa propõe o diálogo como forma de resistência, e analisa notícias e acontecimentos do mundo político para mostrar, mais uma vez, que é possível falar sobre temas complexos de maneira que todos compreendam.
Nos diversos ensaios que compõem esta obra, Marcia Tiburi conduz o leitor em um processo de reflexão e descoberta dos valores democráticos. Além disso, desvela as contradições, os preconceitos e as práticas que caracterizam os movimentos autoritários em plena democracia formal. Dialogar com um fascista, e sobre o fascismo, forçar uma relação com um sujeito incapaz de suportar a diferença inerente ao diálogo, é um ato de resistência. Confrontar o fascista, desvelar sua ignorância, levar esse interlocutor à contradição e desconstruir suas certezas são atitudes que fazem parte do empreendimento ético-político de Marcia Tiburi.
Com apresentação de Rubens Casara e prefácio de Jean Wyllys, o livro traz ensaios inéditos e alguns já publicados na revista Cult, combinando a profundidade e a sofisticação intelectuais presentes na obra de Marcia Tiburi. Em Como conversar com um fascista, a pensadora aposta na potência do diálogo e na difusão do conhecimento como antídoto à tradição autoritária que vem condicionando o pensamento e a ação no Brasil nos últimos tempos.
"Marcia Tiburi é autora de obras importantes do pensamento crítico contemporâneo, tais como Complexo de vira-lata (Civilização Brasileira, 2021), Feminismo em comum: para todas, todes e todos (Rosa dos Tempos, 2018), Ridículo político: uma investigação sobre o risível, a manipulação da imagem e o esteticamente correto (Record, 2017) e Como conversar com um fascista: reflexões sobre o cotidiano autoritário brasileiro (Record, 2015). Atualmente leciona na Universidade Paris 8 e se dedica à literatura e às artes visuais.
Marcia Tiburi é graduada em Filosofia e Artes, mestre e doutora em Filosofia e pós-doutora em Artes pela Unicamp. Sua área de investigação situa-se entre a Estética e a Política. Atualmente é pesquisadora associada e professora convidada na Universidade Paris 8. |
| ISBN | 9788501106582 |
| Autor(a) | Tiburi, Marcia (Autor) |
| Editora | Record |
| Idioma | Português |
| Edição | 14 |
| Ano de edição | 2015 |
| Páginas | 196 |
| Acabamento | Brochura |
| Dimensões | 23,00 X 15,50 |
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