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Uma coisa que José Lins do Rego não tem medo de fazer, é colocar sob sua perspectiva assuntos que são complicados de abordar dentro do escopo da ficção. Seus livros são fortes no contexto social e político em que os personagens estão inseridos - sendo essa uma das características mais lembradas pelos seus admiradores -, mas a verdade é que são seus protagonistas e coadjuvantes, complexos e ambíguos, que tornam suas tramas ainda mais intensas de acompanhar. Esse com certeza é o caso de Eurídice, uma obra de caráter forte, lançada pela Global Editora.Autor de clássicos como Menino de engenho, Fogo morto e Pedra Bonita, todos parte de ciclos (Ciclo da cana-de-açúcar e Ciclo do Cangaço, respectivamente), Eurídice continua com fragmentos de elementos que moldam as histórias de Zé Lins. A trama acompanha Júlio, um estudante de direito que vai morar num cortiço, e lá conhece Eurídice. Os dois estabelecem um relacionamento. Enquanto ela o vê como um grande amigo, Julio desenvolve uma paixão não correspondida pela mesma.Logo nas primeiras páginas, fica claro que todas as dificuldades do protagonista são moldadas pela sua infância, quando é rejeitado pela mãe e acaba se apegando demais à irmã, desenvolvendo um relacionamento pouco saudável. Com uma forte sensação de rejeição permeando sua jornada, o livro é dividido entre o momento que ele sofre a ruptura com a figura materna, e quando ele se vê deixado de lado novamente, dessa vez por uma mulher que ele vê como uma possível parceira romântica.Assim como grande parte das figuras masculinas de Zé Lins - que na maioria das vezes tomam o papel central na narrativa -, Júlio é parcialmente moldado pelas experiências do próprio autor. Os protagonistas são, geralmente, figuras que estão inseridos no contexto apresentado na narrativa da forma mais direta possível (Carlinhos é neto do senhor de engenho; Bentinho tem um irmão no Cangaço). Assim como o personagem central de Eurídice, José Lins do Rego também foi, por exemplo, estudante de direito. Mas o que faz a história se destacar, é a forma como o autor explora os sentimentos humanos mais complicados de se colocar no papel.Com uma trama que aborda o aspecto social-político e sociológico da época, Eurídice é um livro que fala sobre feminicídio, ainda que de forma indireta. Assim como nos seus outros livros, onde Zé Lins não tem medo de olhar para os sentimentos “feios” ou “desagradáveis” do ser humano, aqui ele cria um personagem claramente moldado não apenas pela sociedade, mas também por seus maiores medos e rejeições. O resultado é um livro forte, ambíguo e que hoje se torna mais essencial do que nunca, com uma temática que ressoa muito com a realidade brasileira.
Sobre o autor(a)

Lins Do Rego, José

José Lins do Rego Cavalcanti foi um escritor brasileiro que, ao lado de Graciliano Ramos, Érico Veríssimo, Rachel de Queiroz e Jorge Amado, figura como um dos romancistas regionalistas mais prestigiosos da literatura nacional. Segundo Otto Maria Carpeaux, José Lins era "o último contador de histórias". Seu romance de estreia, Menino de Engenho (1932), foi publicado com dificuldade, todavia logo foi elogiado pela crítica. José Lins nasceu na Paraíba; seus antepassados, que eram em grande parte senhores de engenho, legaram ao garoto a riqueza do engenho de açúcar que lhe ocupou toda a infância. Seu contato com o mundo rural do Nordeste lhe deu a oportunidade de, nostálgica e criticamente, relatar suas experiências através das personagens de seus primeiros romances. Lins era ativo nos meios intelectuais. Ao matricular-se em 1920 na Faculdade de Direito do Recife ampliou seus contatos com o meio literário de Pernambuco, tornando-se amigo de José Américo de Almeida (autor de A Bagaceira). Em 1926, partiu para o Maceió, onde se reunia com importantes nomes, Graciliano Ramos, Rachel de Queiroz, Aurélio Buarque de Holanda e Jorge de Lima. Quando partiu para o Rio de Janeiro, em 1935, conquistou ainda mais a crítica e colaborou para a imprensa, escrevendo para os Diários Associados e O Globo. É atribuída a José Lins do Rego a invenção de um novo romance moderno brasileiro.
O conjunto de sua obra é um marco histórico na literatura regionalista por representar o declínio do Nordeste canavieiro. Alguns críticos acreditam que o autor ajudou a construir uma nova forma de escrever fundada na "obtenção de um ritmo oral", que foi tornada possível pela liberdade conquistada e praticada pelos modernistas de 1922. Sua magnum opus, Fogo Morto (1943), é vista como o "romance dos grandes personagens".[9] Massaud Moisés escreveu que esta obra-prima de José Lins "é uma das mais representativas não só da ficção dos anos 30 como de todo o Modernismo".
ISBN 9786556124247
Autor(a) Lins Do Rego, José (Autor)
Editora Global
Idioma Português
Edição 1
Ano de edição 2023
Páginas 264
Acabamento Brochura
Dimensões 21,00 X 16,00

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