"O maior marchand do século XXA revolução cubista que mudou a cara da arte no começo do século XX teria ocorrido de qualquer forma se dela participassem apenas Pablo Picasso e Georges Braque; mas certamente não seria a mesma se junto deles não estivesse o jovem judeu alemão Daniel-Henry Kahnweiler (1884-1979). Este homem discreto, de nome complicado e modos educados, pode ser considerado, ao lado do folclórico Ambroise Vollard, o maior e mais importante marchand da arte moderna.Por essa razão, este livro é um documento fundamental e único sobre a vida artística da primeira metade do século XX, sobre o nascimento do cubismo, os colecionadores, as regras do comércio da arte e especialmente sobre a vida dos pintores, trazendo histórias deliciosas a respeito de Léger, Picasso e o caráter fanaticamente autobiográfico de sua obra, e sobre Juan Gris, para quem Kahnweiler consagrou um livro, escrito no final da Primeira Guerra.Kahnweiler começou com uma pequena galeria na rua Vignon, em Paris, em 1907. Foi lá, no ano seguinte, que Braque e Derain estrearam comercialmente com um catálogo prefaciado por Apollinaire. Seu trabalho teve continuidade com Picasso – de quem foi marchand por setenta anos –, Laurens, Léger, Juan Gris e muitos outros. Este livro é a longa e bela história de um homem que consagrou sua vida à paixão da arte e teve o privilégio de acompanhar o dia a dia da grande revolução da arte moderna." 1) Um dos mais importantes e instigantes testemunhos existentes sobre a arte moderna deste que foi o grande marchand do movimento cubista, que deu início à revolução da arte moderna. 2) Daniel-Henry Kahnweiler (1884-1979) foi um dos mais célebres marchands de todos os tempos. Judeu alemão, começou a trabalhar muito cedo, abrindo sua primeira galeria em Paris, em 1907. Pouco depois, se deparou com aquela que é considerada a primeira obra do cubismo, “As senhoritas de Avignon”, de Picasso (o episódio é relatado no livro). Kahnweiler seria marchand de Picasso durante setenta anos, além de representar também vários dos pintores de vanguarda como Georges Braque, Juan Gris, Fernand Léger, entre outros. 3) Embora tenha escrito um livro sobre Juan Gris (Juan Gris: Sa vie, son oeuvre, ses écrits, 1946), Kahnweiler nunca chegou a escrever uma autobiografia. Este é o único relato mais longo sobre sua profissão e sua atuação junto aos pintores modernistas. 4) Baseado em entrevistas concedidas a Francis Crémieux (1920-2004), escritor e jornalista francês, veiculadas nos anos 1960. Esta edição traz também um apêndice com conversas inéditas, realizadas uma década depois e ausentes da edição original da obra, de 1961 (publicada pela L&PM em 1990, há muito fora do mercado). 5) Parte das entrevistas refletem sua vida: sua ida à França para aprender o métier dos homens da família - finanças -, numa época em que Paris era o centro do mundo; a abertura de sua primeira galeria com 23 anos; os primeiros quadros que comprou de Picasso, quando ninguém adquiria quadros dele; a experiência no mercado da arte antes do advento de vernissages e anúncios publicitários; as turbulências políticas por que passou, primeiro na década de 1920, por ser alemão, e em seguida com a invasão de Paris pelos nazistas, durante a Segunda Guerra Mundial, etc. 6) Os depoimentos de Kahnweiler focam não apenas no aspecto revolucionário e artístico dos pintores citados, mas também nas minúcias cotidianas, como suas visitas semanais com Picasso aos cabarés de Paris e o convívio com personalidades como o também marchand Ambroise Vollard, o poeta Guillaume Apollinaire (de quem diz que gostava de contar mentiras), escritores como Albert Camus e Simone de Beauvoir, além de muitos pintores. 7) Entre vários episódios interessantes relatados, está a história do quadro Guernica, de Picasso, que até então, segundo Kahnweiler, era “o homem mais apolítico que já conheci”. 8) O que torna este livro especial, além do papel central na história da arte moderna ocupado por Kahnweiler, é sua verve e seu humor; a maneira como conta episódios reveladores, e quão bem retrata uma profissão pouco conhecida e até mal compreendida por muitos.
Sobre o autor(a)
Pinheiro Machado, Ivan
Capa: Ivan Pinheiro Machado sobre a pintura “Retrato de Dante” (1495), Sandro Boticelli 47 x 57 cm, têmpera sobre madeira. Coleção particular, Genebra, Suiça. |
ISBN | 9788525427113 |
Autores | Kahnweiler, Daniel-Henry (Autor) ; Pinheiro Machado, Ivan (Design) ; Lustração: “Retrato De Daniel-Henry Kahnweiler” (1910), Óleo Sobre Tela, 100 X 72 Cm, De Pablo Picasso. Art Institute Of Chicago, Chicago, Eua. ; De Azambuja Feix, Gustavo (Tradutor) ; Teje |
Editora | L&pm |
Coleção/Serie | L&pm Pocket |
Idioma | Português |
Edição | 1 |
Ano de edição | 2018 |
Páginas | 208 |
Acabamento | Brochura |
Dimensões | 17,80 X 10,70 |