Troia finalmente caiu. Os gregos venceram sua guerra sangrenta e podem retornar para casa vitoriosos, tudo o que precisam é somente de um bom vento para encher suas velas.Contudo, o vento desapareceu; os deuses vingativos acalmaram os mares, e dessa forma os guerreiros permanecem em um limbo – acampados à sombra da cidade que destruíram, na companhia das mulheres que roubaram dela,as mulheres de Troia.Helena, pobre Helena, teve toda sua beleza e graciosidade transformadas em um osso roído pelo qual cães selvagens brigavam. Cassandra, que aprendeu a não se apegar às próprias profecias, só acreditava nelas quando um homem as proferisse. A teimosa Amina, com o olhar ainda fixo nas torres arruinadas de Troia, e determinada a vingar o assassinato de seu rei. Hécuba, que uivava e arranhava as próprias faces na praia silenciosa, como se pudesse fazer seus gritos serem ouvidos nos sombrios salões do Hades. E Briseida, que carregava no ventre o filho do falecido herói Aquiles, e via-se mais uma vez envolvida nas disputas de homens violentos e confrontada com a chance de moldar a história.Magistral e de ressonância duradoura, ambicioso e íntimo, Mulheres de Troia continua a extraordinária releitura de Pat Barker de um dos nossos maiores mitos clássicos, seguindo o aclamado O silêncio das mulheres. Elogios à obra:“De leitura compulsiva… Assim como em O silêncio das mulheres, Barker une leitura atenta à apreciação de Homero e também de Eurípides, cuja peça As troianas inspira o título do livro, ao mesmo tempo que cria algo novo… Ao passo que Barker evita a grandeza do gênero épico tradicional em Mulheres de Troia, não há indício de que a gravidade da situação tenha sido diminuída; pelo contrário, a técnica de Barker a amplifica.” ? Financial Times“O silêncio das mulheres… foi caloroso, imersivo e absolutamente furioso com o fato de que as mulheres muitas vezes tiveram de se refugiar no silêncio enquanto os homens cuidavam de seus negócios estúpidos. Mulheres de Troia… é ainda melhor. A beleza imediata de Mulheres de Troia é sua acessibilidade e a escrita precisa e elegante de Barker.” ? Metro“Pat Barker escreve em prosa tranquila e sem adornos, mas se alimenta de sangue e vísceras. Portanto, não é surpresa que uma das cenas mais emocionantes de seu último livro seja ambientada dentro do cavalo de Troia… Mulheres de Troia é repleto de paranoia e intriga… Os leitores se voltam para os romances de Barker por suas verdades simples e noção clara de nossa História e de nossas histórias de fundação. Mas a nitidez sombria de sua escrita é compensada por uma sabedoria luminosa, de modo que, mesmo quando se está lendo sobre estupro e infanticídio, a experiência é edificante.” ? The Sunday Times“A prosa contundente e terrena de Barker desnuda o clima de romance da mitologia grega, revelando seus fundamentos no assassinato e na opressão, mas ela também compreende ? e transmite ? o apelo intenso dessas histórias antigas enquanto nos pede para reconsiderá-las através dos olhos de suas vítimas. Tal como com sua magistral trilogia Regeneration, o final aberto desse volume deixa os leitores famintos por saber o que acontece a uma série de personagens complexos e envolventes. A clássica Barker: desafiadora, estimulante e profundamente satisfatória.” ? Resenha especial do Kirkus Reviews “Em um romance cheio de nomes lendários, Briseida se destaca como heroína: corajosa, inteligente e leal. A autora faz uso estratégico de linguagem anacrônica (“viver no mundo real”, “manter a discrição”) para iluminar personagens que vivem na aurora do mito. A obra mais recente de Barker é uma maravilha.” ? Publishers Weekly“A releitura das obras épicas mitológicas certamente está em voga (pense em Circe e em A canção de Aquiles), mas Mulheres de Troia, da renomada escritora britânica Pat Barker, se destaca. Barker já escreveu sobre Briseida antes, no excelente O silêncio das mulheres, e essa continuação da história da mulher troiana parece ser mais uma vitória para cada uma das pessoas silenciadas pela História, cujas histórias lhes foram roubadas.” ? Refinery 29“A prosa de Barker exibe uma força simples e mais poderosa do que as extravagâncias da prosa lapidada; ela atualiza esses eventos antigos (…) Novas obras de uma das escritoras mais reflexivas e cativantes da literatura contemporânea são sempre bem-vindas.” ? The Washington Post“A conquista de Barker foi pegar um dos grandes mitos da História europeia, algo que permeia a cultura ocidental há 3 mil anos, e fazer dele algo novo e atual. É claro que sempre houve novas histórias e interpretações da Guerra de Troia; essa é uma realmente muito boa.” ? The Scotsman“Barker continua sua sequência de romances que revivem como as mulheres do lado perdedor vivenciaram a Guerra de Troia. Presas e escravizadas, elas ainda saboreiam pequenas vitórias. Repetidamente, porém, Mulheres de Troia demonstra quão longe as raízes de certos crimes modernos se estendem, usando nossa compreensão de genocídio, do estupro como arma e até Harvey Weinstein para nos envolver nessa história sem fim.” ? The Daily Mail“Tal como seu antecessor, Mulheres de Troia devolve a voz e a capacidade de ação para personagens que foram silenciadas no texto épico original… A escrita de Barker é rápida, detalhada e imersiva… [Mulheres de Troia] consegue nos fazer entender que o que elas sentiram ? a dor das mulheres troianas ? não pode ter sido muito diferente da nossa.” ? Chicago Review of Books“Sua caracterização é afiada; sua compaixão, profunda. Sua maior conquista é ter selecionado um dos grandes mitos da História europeia… e feito dele algo novo e atual.” ? I Newspaper