Embarque em uma jornada que atravessa o limiar entre a rua e o seminário, onde a adolescência de Carlos Heitor Cony ganha vida em Paixão Segundo Mateus.
No ponto de partida, somos lançados a um cenário de morte e investigação policial, com uma mulher em uma calçada manchada de sangue e uma fita vermelha entre os dedos.
O delegado entra e sai das cenas nas primeiras páginas, deixando o leitor em suspense enquanto a narrativa se desenrola.
Neste intricado enredo, somos guiados por uma trama que nos leva a um passeio pela infância de Mateus, o seminarista, nas ruas de Vila Isabel.
Corredores escuros de uma igreja pobre e abandonada, os bastidores de uma Igreja como instituição, um hospital católico, os escritórios de uma empresa patrocinadora de eventos culturais e os segredos do Theatro Municipal.
Cada personagem, cada cenário, é marcado por infortúnios e anseios profundos, onde o corpo e a alma se entrelaçam em desassossegos.
A paisagem é pintada com detalhes impressionantes: uma igreja precária, onde sinos belgas nunca instalados apodrecem, consumida pelo fogo; um padre manco, carregando cicatrizes físicas e espirituais; um seminarista que se transforma em advogado sob a influência da irmã; uma "amante-viúva" enredada em tentações e desejos, um médico que devora bananas e galinhas, um músico bêbado e famoso por seus sambas nas redondezas.
O desencanto com a vida religiosa permeia a narrativa, revelando-se entre disputas e intrigas que se desdobram entre os limites do sagrado e do profano, entre pianos e órgãos, entre as paredes das igrejas, hospitais e ruas da cidade.
Se você anseia por uma história rica em camadas, onde a tensão entre espiritualidade e mundanidade, entre segredos e desilusões, é entrelaçada com maestria, então Paixão Segundo Mateus é uma escolha que o envolverá desde a primeira página.
Prepare-se para mergulhar em um mundo de mistério, intriga e reflexões profundas, onde cada palavra é um convite para explorar a complexidade da condição humana.
CARLOS HEITOR CONY nasceu no Rio de Janeiro em 1926. Estreou na literatura ganhando por duas vezes consecutivas o Prêmio Manuel Antônio de Almeida, com os romances A verdade de cada dia e Tijolo de segurança. Considerado um dos maiores expoentes do romance neorrealista brasileiro, Cony também se dedicou com sucesso a outros gêneros: da crônica aos ensaios, das adaptações de clássicos aos contos. Trabalhou na imprensa desde 1952, ano em que entrou no Jornal do Brasil. Mais tarde foi para o Correio da Manhã, do qual foi redator, cronista e editor. Era colunista da Folha de S.Paulo e comentarista da rádio CBN quando faleceu, no início de 2018. Ganhou em quatro ocasiões o Prêmio Jabuti na categoria Romance, duas vezes o Prêmio Livro do Ano da Câmara Brasileira do Livro e o Prêmio Nacional Nestlé de Literatura. Em 1998, foi condecorado pelo governo francês com a L’Ordre des Arts et des Lettres. Foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em março de 2000. |
ISBN | 9786556405094 |
Autores | Heitor Cony, Carlos (Autor) ; Marco Lucchesi (Prefácio) |
Editora | Nova Fronteira |
Idioma | Português |
Edição | 1 |
Ano de edição | 2022 |
Páginas | 184 |
Acabamento | Brochura |
Dimensões | 23,00 X 15,50 |
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