"“A história policial de Manzini é um pretexto para falar brilhantemente sobre a sociedade italiana.”Andrea CamilleriQuando um corpo estraçalhado é descoberto nas pistas de esqui na neve de Champoluc, nos alpes italianos, Rocco Schiavone é obrigado a sair da cidadezinha de Aosta e se dirigir às montanhas – para seu profundo horror. Como se já não bastasse estar longe das vielas e dos bares de Roma, precisa passar frio e conversar com os moradores interioranos da região, onde todos se conhecem e cujas vidas giram em torno da estação de esqui. Pelo menos, são amistosos com o deslocado subchefe, ou aparentam ser.Neste brilhante e delicioso romance policial, digno das melhores criações do gênero, o personagem de Schiavone – irascível, presunçoso e boca suja – é tão central quanto o enredo e a ambientação nas montanhas, à primeira vista um cenário de glamour e de esportes de inverno. Aos poucos nos é descortinada a vida no interior italiano, bem como a existência pregressa do subchefe, cheia de segredos e ambiguidades que o tornam tão atual quanto irresistível." 1) Antonio Manzini é autor best-seller internacional, com mais de 1,5 milhão de exemplares vendidos e publicado por algumas das mais prestigiosas editoras do mundo, como Gallimard (França), HarperCollins (EUA), Salamandra (Espanha), 4th Estate (Reino Unido) e Rohwolt (Alemanha).2) Rocco Schiavone, espécie de investigador anti-herói, ombreia com os melhores protagonistas da literatura policial, mas tem uma característica que o torna único: é um personagem ambíguo, que muitas vezes ultrapassa os limites da lei. Profundamente humano e multifacetado, gostamos dele como gostamos de personagens imperfeitos, parecidos conosco.3) O mal humor, os palavrões, o sarcasmo e por vezes até mesmo a grossura do depressivo Schiavone dão graça e humor ao romance.4) A investigação se passa numa estação de esqui nos alpes italianos, para onde Rocco Schiavone - romano da gema - foi enviado por questões disciplinares. A ambientação é magistral, e em pouco tempo o leitor é atraído pela descrição das paisagens nevadas e da vida dos habitantes do vale.5) Manzini põe em cena uma situação clássica de romances policiais, muitas vezes utilizada por mestres do gênero como Agatha Christie e Georges Simenon: um inquérito de assassinato ocorrido em uma cidadezinha pacata, onde todos se conhecem e onde, aparentemente, reina um ambiente pacífico, só que não.6) Além da intriga de mistério, Manzini aborda questões extremamente atuais, como a solidão urbana, a corrupção, a crise dos refugiados, a perda de valores e de identidade nacional, a zona difusa entre os conceitos de “bom” e “mau”.7) O romance foi lançado na Itália em 2013, e é o primeiro protagonizado por Rocco Schiavone; o sucesso foi tanto que seguiram-se outros dez livros com o mesmo personagem. 8) Capa da designer japonesa radicada nos EUA Yuko Shimizu, que atrairá mesmo quem não é leitor de romances policiais.9) Tradução do original italiano feita por Solange Pinheiro e Maurício Santana Dias - tradutor de Elena Ferrante no Brasil.
Sobre os autores(as)
Manzini, Antonio
Antonio Manzini nasceu em Roma, em 1964. É escritor, ator e roteirista de cinema e televisão. Estreou na literatura com o romance Sangue marcio [Sangue podre], em 2005. Lançou Pista nera, o primeiro romance da série protagonizada por Rocco Schiavone, em 2013. A este seguiram-se mais nove livros, todos os quais chegaram ao topo das vendas na Itália e foram traduzidos em vários países. A série de tevê Rocco Schiavone, baseada nos romances policiais e veiculada pelo canal RAI, está na terceira temporada, com absoluto sucesso de público. |
Pinheiro Machado, Ivan
Capa: Ivan Pinheiro Machado sobre a pintura “Retrato de Dante” (1495), Sandro Boticelli 47 x 57 cm, têmpera sobre madeira. Coleção particular, Genebra, Suiça. |
Dias, Mauricio Santana
Maurício Santana Dias nasceu em Salvador, em 1968. Estudou Letras na Universidade Federal da Bahia (UFBA) e na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde concluiu o bacharelado em Português-Italiano. Fez mestrado em Teoria Literária na UFRJ e foi professor de Literatura Portuguesa na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Mudou-se para São Paulo em 1998, onde concluiu em 2002 o doutorado em Teoria Literária, na Universidade de São Paulo (USP). Nesse período, foi ainda pesquisador visitante da Georgetown University, em Washington, e trabalhou na Folha de S. Paulo, primeiro como correspondente em Buenos Aires e depois como editor-adjunto do caderno "Mais!". Em 2003 ingressou como professor de Literatura Italiana na USP e em 2008 e 2009 fez pós-doutorado em Italianística na Università degli Studi di Roma La Sapienza. |