Obra clássica, a primeira que enfrenta os efeitos perversos da colonização nas populações invadidas, num projeto de “avançar no domínio obscuro e impreciso da psicologia inter-racial”, e visionária ao prever os efeitos duradouros e potencialmente traumáticos que adviriam desse processo, mesmo depois da independência desses territórios, afetando colonizados e colonizadores e contaminando profundamente as relações tanto interpessoais quanto internacionais. Não por acaso, tornou-se obra de referência para os estudos pós-coloniais.
Por seu estilo direto, sensível (Mannoni viveu muitos anos como professor em Madagascar, convivendo no ambiente de revolta dos locais contra os colonizadores franceses) e honesto, Psicologia da Colonização é um livro de difícil classificação, reunindo elementos etnográficos, psicológicos, pessoais e críticos.
Mesmo tendo sido muito combatido, com críticos contundentes como Aimé Césaire e Frantz Fanon, seu caráter pioneiro, a coragem de abordar a questão racial e a denúncia da violência colonial colocaram – e colocam -- o livro como um elemento centro de um dos debates mais importantes dos tempos atuais.
Octave Mannoni nasceu em Lamotte-Beuvron, onde o seu pai dirigia a colônia penal de Saint-Maurice, em 1899. Concluiu os estudos secundários no liceu de Orléans, e não pode seguir para o ensino superior, pois foi mobilizado em 1918 durante a Primeira Guerra Mundial. É quando casa-se pela primeira vez e tem duas filhas. Retoma os estudos de filosofia na Universidade de Estrasburgo após a guerra e obtém um diploma de Filosofia. Leciona no liceu de Altkirch (1924), depois no Liceu Schoelcher na Martinica (1925-1928), onde foi um dos incentivadores, com Gilbert Gratiant e Raymond Burgard, da revista Lucioles, cujo primeiro número foi publicado em 1927. Depois lecionou no liceu Leconte, em São Dinis, no departamento francês de Reunião (1928-1931), a leste de Madagascar. Ele permaneceu em Madagascar de 1931 a 1945, como professor de literatura e filosofia na escola secundária Gallieni, em Antananarivo, a capital do país. Foi diretor do serviço de informação da ilha e, por um breve período, responsável pela Revue de Madagascar. Percorreu a ilha em parceria com o botânico Pierre Boiteau, devido a seu interesse pela botânica e fez reportagens fotográficas. Defendeu a independência de Madagáscar, o que o levou à destituição do cargo no final de 1947. Regressou então, em definitivo, a Paris em janeiro de 1948. Em Paris, retomou com Jacques Lacan uma análise iniciada em 1946 e torna-se psicanalista. Casa-se novamente em 1948 com Maud Mannoni, analista infantil, com quem tem um filho. Após a dissolução da Escola Freudiana de Paris em 1980, participou com Maud e Patrick Guyomard da criação do Centro de Formação e Pesquisa Psicanalítica (CFRP) em 1982. Falece em Paris, em julho de 1989.professora Adjunta do Departamento de Psicologia da UFMG e do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da UFMG |
cofundadora do Instituto AMMA Psique e Negritude |
Octave Mannoni nasceu em Lamotte-Beuvron, onde o seu pai dirigia a colônia penal de Saint-Maurice, em 1899. Concluiu os estudos secundários no liceu de Orléans, e não pode seguir para o ensino superior, pois foi mobilizado em 1918 durante a Primeira Guerra Mundial. É quando casa-se pela primeira vez e tem duas filhas. Retoma os estudos de filosofia na Universidade de Estrasburgo após a guerra e obtém um diploma de Filosofia. Leciona no liceu de Altkirch (1924), depois no Liceu Schoelcher na Martinica (1925-1928), onde foi um dos incentivadores, com Gilbert Gratiant e Raymond Burgard, da revista Lucioles, cujo primeiro número foi publicado em 1927. Depois lecionou no liceu Leconte, em São Dinis, no departamento francês de Reunião (1928-1931), a leste de Madagascar. Ele permaneceu em Madagascar de 1931 a 1945, como professor de literatura e filosofia na escola secundária Gallieni, em Antananarivo, a capital do país. Foi diretor do serviço de informação da ilha e, por um breve período, responsável pela Revue de Madagascar. Percorreu a ilha em parceria com o botânico Pierre Boiteau, devido a seu interesse pela botânica e fez reportagens fotográficas. Defendeu a independência de Madagáscar, o que o levou à destituição do cargo no final de 1947. Regressou então, em definitivo, a Paris em janeiro de 1948. Em Paris, retomou com Jacques Lacan uma análise iniciada em 1946 e torna-se psicanalista. Casa-se novamente em 1948 com Maud Mannoni, analista infantil, com quem tem um filho. Após a dissolução da Escola Freudiana de Paris em 1980, participou com Maud e Patrick Guyomard da criação do Centro de Formação e Pesquisa Psicanalítica (CFRP) em 1982. Falece em Paris, em julho de 1989. |
ISBN | 9786555051933 |
Autores | Mannoni, Octave (Autor) ; Silva, Maria Lúcia Da (Prefácio) ; Guerra, Andréa Máris Campos (Prefácio) ; Boni, Livio (Prefácio) ; Warhaftig, Marise Levy (Tradutor) |
Editora | Perspectiva |
Coleção/Serie | Estudos |
Idioma | Português |
Edição | 1 |
Ano de edição | 2024 |
Páginas | 272 |
Acabamento | Brochura |
Dimensões | 22,50 X 13,50 |
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