"Será o livre-arbítrio de fato livre?Tradução do alemão de Renato ZwickEm 1837, Arthur Schopenhauer (1788-1860) leu em um jornal que a Real Sociedade Norueguesa anunciava um concurso sobre a questão: pode o livre-arbítrio humano ser conscientemente demonstrado? O filósofo enviou o presente ensaio e venceu o prêmio. A obra seria publicada em 1841.Aqui o leitor encontrará uma investigação ético-filosófica acerca da liberdade humana. Schopenhauer argumenta que o homem é incapaz de agir apenas por si mesmo, isento de condicionantes, motivos e causas determinantes, e relega ao campo do mistério o que chamamos de livre-arbítrio. Segundo ele, o ser humano é prisioneiro de si mesmo, portanto nunca está inteiramente livre – premissa que, décadas mais tarde, já no século XX, viria a embasar a compreensão moderna sobre a condição humana e o pensamento existencialista." "1. Schopenhauer é um filósofo muito popular hoje. Seu nome saiu dos rincões da filosofia para as listas de livros mais vendidos e hoje é facilmente reconhecível pelo leitor.2. Foi um grande influenciador de Friedrich Nietzsche, Sigmund Freud, Kierkegaard entre vários outros grandes pensadores.3. Neste ensaio, vencedor do prêmio proposto pela Real Sociedade Norueguesa pelas Ciências, o pensador retoma ideias de Kant e se aprofunda sobre os conceitos de liberdade física, liberdade moral, liberdade intelectual e autoconsciência. 4. O autor parte do exame do que seja “liberdade”, que, segundo ele, é um conceito negativo (ausência de restrições). Tal análise é ainda mais interessante em tempos em que a palavra liberdade está sendo sequestrada por atores diversos, de políticos populistas a movimentos antivacina. 5. Em seguida ele examina o que é a vontade, o âmago do ser, e sintetizando os dois conceitos termina por demonstrar que o livre-arbítrio na verdade nada tem de livre; que tal liberdade é, quando muito, uma quimera inventada pela mente humana.6. Obra fundamental para o estudo da ética.7. Contrariando o as descobertas pós-Iluminismo, que colocavam o ser humano e sua mente como centro do mundo, Schopenhauer afirma que o livre-arbítrio de que nos orgulhamos não é, na verdade, livre, e prepara o terreno para toda a exploração das dimensões inconscientes e irracionais da mente humana, que seriam fartamente exploradas na arte e na cultura modernista do século XX.8. Sugerimos expô-lo com A arte de escrever, coletânea de ensaios do autor que é best-seller da L&PM Editores."
Sobre o autor(a)
Schopenhauer, Arthur
Arthur Schopenhauer foi um filósofo alemão do século XIX da corrente irracionalista. Nasceu em Danzig, na Polônia, no dia 22 de fevereiro de 1788 e morreu em Frankfurt am Main no dia 21 de setembro de 1860. |