Tio Vania, texto teatral do dramaturgo russo Anton Tchekhov (1860-1904) encenado pela primeira vez há mais de um século, ganha nova roupagem, originalíssima. O cenário agora são os quadrinhos, e os “atores” saem diretamente das tirinhas de Caco Galhardo para representar os trágicos personagens do texto de Tchekhov.
Nas páginas da HQ, o clima da peça e o universo dos personagens são recriados como se estivéssemos vendo em um palco Elena, Sônia, Serebriakov, Teleguim, Marina Ástrov, Maria Vassilievna e Ivan ou tio Vânia, dando a oportunidade de os leitores conhecerem um dos grandes textos da dramaturgia mundial em um formato mais familiar e de grande circulação.
Os dramas vividos pelos personagens nos levam a refletir sobre o sentido da vida, sobre os caminhos e escolhas tomadas em cada trajetória. E não nos enganemos pela idade da peça: Tio Vania ainda tem muito a nos dizer. Trata-se de obra clássica que se atualiza a cada leitura e novas linguagens são sempre bem-vindas para convidar os leitores a descobrirem ou reentrarem no campo vasto desses escritos.
Caco Galhardo é cartunista, dramaturgo e roteirista de cinema. Suas tiras são publicadas diariamente na Folha de S.Paulo há décadas e alguns de seus personagens já viraram animações no canal Cartoon Network. Pela Peirópolis, publicou Dom Quixote em quadrinhos, em dois volumes (2005), o primeiro merecedor do selo Altamente Recomendável da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ) em 2005, e o segundo finalista do Prêmio Jabuti na categoria Ilustração em 2014. Crésh!, seu primeiro livro solo dedicado à infância, compõe o Acervo Básico pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ) 2007. Para jovens, publicou em 2019 Homem-pássaro, um gibi nascido de roteiro de cinema. Em 2023, ele retoma as adaptações de clássicos da literatura universal, desta vez traduzindo para quadrinhos a famosa peça teatral de Tchekhov, com Tio Vania em quadrinhos, unindo suas duas paixões: teatro e quadrinhos. |
Francisco de Araújo nasceu em Fortaleza, Ceará, em 1978. Formado em Letras (Português-Russo) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, fez mestrado em Literatura e Cultura Russa pela Universidade de São Paulo. Dedicou-se ao ensino de português do Brasil em Moscou e foi tradutor-intérprete em Angola. Para a Editora 34 traduziu Ensaios sobre o mundo do crime, quarto volume dos Contos de Kolimá, de Varlam Chalámov (2016), e Nós, de Ievguêni Zamiátin (2017). |
Um dos nomes mais reverenciados da Literatura russa, Anton Tchekhov (1860-1904) já escrevia e publicava contos sob o pseudônimo de Antocha Tchekhontê antes de se formar em medicina.Após tornar-se médico, dizia ele: “Fico satisfeito quando me douconta de que tenho duas profissões, não uma. A medicina é a minha esposa legal,a literatura a minha amante. Quando canso de uma, passo a noite com a outra.Pode não ser uma situação habitual, mas evita a monotonia; ademais, nenhuma delas sai perdendo com minha infidelidade. Se não tivesse minha atividade médica,dificilmente poderia consagrar à literatura minha liberdade de espírito e meus pensamentos perdidos”. Tchekhov recolhia das coisas aparentemente banais do cotidiano e da clínica sintomas para adentrar no âmago do ser humano. Mas o escritor Tchekhov não passava receitas para as doenças da alma ou do coração que amarguram a criatura humana. Ele as observava e retratava. Assim é na propriedade rural (no século XIX)deste Tio Vania, onde a bela, desanimada e inteligente Elena, esposa de Serebriakov; a feia, boa, pura, inteligente, triste e desiludida Sônia, filha do primeiro casamento de Seribriakov e apaixonada pelo médico; o cansado e deprimido médico Ástrov, o defensor da natureza; o frustrado Ivan, o tio Vania, personagem-título, administrador da propriedade; o envelhecido e doente Serebriakov, se veem às voltas com conflito entre vida citadina e labuta camponesa, amores não correspondidos, preservaçãoda natureza (parece hoje, século XXI), e, principalmente, debatem-se entre envilecimento e envelhecimento, não aquele que leva a uma vida plácida, mas ácida, não aquele que conduz à sapiência, mas à degenerescência, como lamuria-se tio Vania. |
ISBN | 9786559310920 |
Autores | Galhardo, Caco (Adaptador) ; Anton, Tchekhov (Autor) ; Araújo, Francisco (Tradutor) |
Editora | Peirópolis |
Coleção/Serie | Clássicos Em Hq |
Idioma | Português |
Edição | 1 |
Ano de edição | 2023 |
Páginas | 88 |
Acabamento | Brochura |
Dimensões | 27,00 X 20,00 |
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