Publicado em 1952 e ambientado nos anos do fascismo na Itália, este comovente romance transita entre as miudezas do cotidiano e os grandes eventos que mudam os rumos da História.
Precursor de romances como Léxico familiar e Caro Michele, Todos os nossos ontens se inicia com uma casa, uma rotina, uma família. O tempo passa, o ritmo cotidiano é rompido por mortes, encontros, casamentos, gestações. A cada ruptura, surgem novas rotinas, e então a voz em terceira pessoa se mistura ao olhar de Anna, a caçula, que se surpreende com o modo do hoje virar ontem; parece que uma eternidade separa a vida de antes e a nova que surge.
Não são apenas os nascimentos e as mortes que mudam a percepção do tempo. Até certo ponto, parecia que o fascismo não acabaria nunca, e então começa a se ouvir no rádio sobre a invasão da Polônia, e sobre a linha Maginot, que parecia intransponível. Mas os nazistas a ultrapassam, e num relance a guerra vira parte da vida. Se a destruição faz com que as rotinas durem sempre menos, algum resto de resiliência, inadvertidamente, consegue as reerguer, ainda que cambaleantes. Todos os nossos ontens pertence ao período da luta antifascista, à literatura da Resistência durante a Segunda Guerra Mundial. É um romance notável sobre uma família, sobre a memória. Relações entrecruzadas, políticas e amorosas dão os contornos de mais esta obra magnífica de uma das maiores escritoras italianas de todos os tempos.
“Se existe uma escritora fiel a si mesma, de uma maneira que chega a ser extrema, esta é Natalia.” — Italo Calvino
NATALIA GINZBURG nasceu numa família judia em Palermo, em 1916. Seu pai e seus irmãos se integraram à resistência antifascista, da qual fazia parte também o primeiro marido da escritora, Leone Ginzburg, com quem teve três filhos, entre eles o historiador Carlo Ginzburg. Durante anos, Natalia trabalhou na editora Einaudi ao lado de Cesare Pavese e Italo Calvino. Entre suas obras mais importantes estão Léxico familiar, As pequenas virtudes e Todos os nossos ontens. Morreu em Roma, em 1991. |
Maria Betânia Amoroso é livre-docente e professora-colaboradora da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Pier Paolo Pasolini está entre as suas principais linhas de pesquisa e interesse acadêmico e literário. É dela a tradução dos Escritos corsários, recentemente publicado no Brasil. |
Vilma Arêas Possui graduação em LETRAS ANGLO-GERMANICAS pela Universidade do Brasil (1958), MESTRADO EM LETRAS pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1972) DOUTORADO EM LETRAS pela Universidade de São Paulo (1984), e Pós-doutorado em Literatura Brasileira pela Universidade Estadual de Campinas (1985). Atualmente é Professora Titular na Universidade Estadual de Campinas, trabalhando principalmente com Literatura Brasileira, Crítica e interpretação e Literatura Portuguesa. |
RAUL LOUREIRO nasceu em São Paulo em 1965. Em 1989 graduou-se em comunicação (cinema) pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP). Em 1993 fez mestrado em desenho gráfico no Massachusetts College of Art. Tem projetos desenvolvidos para a editora Companhia das Letras, Imprensa Oficial, Editora Globo, Instituto Moreira Salles, entre outros. |
ISBN | 9788535934557 |
Autores | Ginzburg, Natalia (Autor) ; Amoroso, Maria Betânia (Tradutor) ; Loureiro, Raul (Design) ; Arêas, Vilma (Posfácio) |
Editora | Companhia Das Letras |
Idioma | Português |
Edição | 1 |
Ano de edição | 2023 |
Páginas | 328 |
Acabamento | Brochura |
Dimensões | 21,00 X 14,00 |
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